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HINO À PALMEIRA


Composição: Heitor Stockler de França / José Schön


Palmeira, revivamos teu passado,
Tuas nobres e sublimes tradições,
As fases de tua vida, do teu fado,
Que fulgem no esplendor dos teus brasões.

Façamos das tuas glórias claro espelho,
Rota em flor no presente e no porvir,
Um missal com exemplos do evangelho
Aos filhos desta terra sempre a unir.

Lembremos tua feição de lugarejo
Ansioso de ser vila e ser cidade.
Que assim que vislumbrou fortuito ensejo,
Fez-se um recanto de felicidade.

Chamemos à memória os ancestrais,
Audazes bandeirantes da grandeza,
Que ao fundarem as rondas e os currais
Geraram disciplina e a riqueza.

És sempre essa Palmeira acolhedora
Que aos filhos de outras plagas propicia
Fartura, bem estar e promissora
Era de paz, de amor e de alegria.

Palmeira altiva, edênico rincão,
Com boas aurás tutelas nosso lar…
Por isso, te erigimos um altar
Florido, em festa, em nosso coração!

Clique para baixar partitura: canto e piano

PERFIL DO MUNICÍPIO

 

Histórico

No início do século XVIII, começam a ser distribuídas as cartas de sesmarias para portugueses e luso-brasileiros de Paranaguá, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. As primeiras terras palmeirenses pertenceram a João Rodrigues de França.

A presença dos portugueses, aqui como colonizadores: ‘Primeiros europeus a se instalar nesta região do Novo Mundo’, foram bandeirantes, fazendeiros, tropeiros e comerciantes, trouxeram a língua e a fé cristã. Enfrentaram inúmeras dificuldades para criar estruturas básicas para a vida civilizada: primeiras habitações, igrejas, escolas. Abriram estradas; são o tronco da família palmeirense’. – (Marcus V. M. Machado – Ocupação e povoamento dos Campos Gerais – 1999).

Do antigo caminho de Viamão, que vinha do Rio Grande do Sul em demanda à grande feira de Sorocaba (SP), no trajeto do Campos Gerais, circuito dos índios Kaigangues, surgiu um pouso de tropeiros que ali aproveitavam as imensas pastagens para descanso e engorda do gado: nasce a Vila da Palmeira.

Quem hoje caminha por Palmeira ainda pode sentir, mesmo tão distantes daqueles dias, um certo tom de bucolismo e nostalgia daquele tempo em que as imensas tropas de muares, bovinos e equinos eram levados para a feira paulista, destinados e distribuídos a abastecer o ciclo do Ouro nas Minas Gerais.

A cidade histórica de Palmeira ainda conserva em muitos de seus prédios, residências e igrejas, os traços indeléveis do ciclo histórico e econômico, conhecido como o tropeirismo.

As condições desfavoráveis da Freguesia de Tamanduá, levaram o Vigário Antônio Duarte dos Passos a estabelecer uma nova Igreja, onde hoje se encontra edificada a Igreja Matriz, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Palmeira, cujas terras foram doadas pelo Tenente Manuel José de Araújo, por vontade de sua mulher Dona Ana Maria da Conceição de Sá, por ato de 7 de abril de 1819 (data de aniversário do Município).

A população foi se transferindo para o povoado, nas cercanias do novo templo. A corrente de povoamento se avolumou a partir de 1878, com a chegada dos imigrantes russo-alemães, poloneses, italianos, árabes e mais recentemente os sírio-libaneses, japoneses e alemães menonitas, entre outros povos.

Ainda hoje, as centenárias fazendas como a Conceição, Palmeira, Padre Inácio e Alegrete, são testemunhas de uma época de muito fausto e riqueza.

A fé de seu povo é registrada em edificações, como a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, as Capelas de Nossa Senhora das Neves e do Senhor Bom Jesus do Monte, sendo a última na localidade de Vieiras, onde o imigrante português Bento Luiz da Costa erigiu um conjunto de 14 pequenas capelas de pedra, em formato de cruz, para pagar as graças recebidas.

Também foi em Palmeira o palco da única experiência anarquista na América Latina, a Colônia Cecília, na localidade de Santa Bárbara, pelos idos de 1890/94. O grupo foi liderado pelo filósofo e agrônomo italiano Giovanni Rossi, que aqui tentou implantar uma colônia anarquista, baseada nos ideais de liberdade.

Mais de 200 anos já se passaram do seu surgimento, e Palmeira não se tornou uma cidade velha. Nas suas ruas, praças e recantos nos defrontamos com a história de um povo que tem suas raízes na imigração europeia e tantos outros povos, mantendo seus costumes e tradições, formando assim um mosaico étnico, tal qual nosso Paraná.

Palmeira, mesmo com as marcas do progresso, continua acolhedora e para muitos ‘Um recanto de felicidade’, pois ‘Os homens fazem sua própria história. Mas não a fazem sob circunstâncias de suas escolhas e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado’ (Karl Marx). Desta forma, as gerações futuras terão sua identidade cultural assegurada e, conforme o dizer do historiador Marcus Vinícius Molinari Machado, ‘Pelo passado presente nos reconhecemos coletivamente como semelhantes; nos identificamos como elementos restantes do nosso grupo e nos diferenciamos dos demais’. Assim, os palmeirenses se propõem em fazer juntos de Palmeira, uma terra acolhedora, capazes de gerar a disciplina, a riqueza e a prosperidade, vivendo e convivendo sempre com uma era de paz, de amor e de alegria, como um altar vivo e florido nos corações, conforme a reflexão do hino. E: ‘Se quisermos repensar a cidade, reconhecendo a sua importância cultural e econômica, advinda da convergência humana, é para o futuro que devemos olhar; a crença em um futuro sustentável que deve orientar a busca por uma melhor compreensão dos centros urbanos e das formas de construir e de reconstruí-los. Nessa perspectiva, o passado é apenas um espetáculo à parte’ (Brian Goodey).

Porém, cuidar e tratar da memória com consciência, é compor com historicidade a razão e a existência de um povo, que não deixará sequer uma lacuna de sua história, pois o zelo dispensado a todas as coisas foi feito com primor. Tenhamos certeza, que tudo isto valerá a pena. Assim é certo dizer: ‘Avalia-se a história e a cultura de um povo, pelo zelo dado aos seus pertences‘.

Palmeira, hoje alicerçada na atividade agropecuária, presencia nas últimas décadas do século XX o desaparecimento da atividade madeireira, para o aparecimento das propriedades que se desenvolvem em regime da economia familiar, prestação de serviços, agroindústria, cultivo de soja, milho, batata e fumo em grandes escalas, motivada pela eminência de novas e tantas oportunidades; por seu clima histórico e cultural, rural e natural, étnico e religioso. Palmeira, ‘A Cidade Clima do Brasil’, que é um lugar ímpar no mundo, conta com mais de 32 mil munícipes, trabalhando para o progresso desta terra onde os visitantes podem desfrutar de um clima ameno, belezas naturais, tranquilidade e a hospitalidade de sua gente.

Artigo escrito por: Vera Lúcia de Oliveira Mayer

 

LENDAS DE PALMEIRA

Lenda do Capão do Manhoso

Foram ali enterrados, no tempo da escravatura, os corpos de muitos negros cativos. Os escravos, iam a noite, chorar os seus mortos e encomendar as suas almas, o que faziam através de cânticos impregnados de uma profunda tristeza, de pungente nostalgia, num tom de choro e lamentação, pondo um quê de profundamente patético no silêncio da noite. Desse choro e da lamentação tristonha dos negros escravos, se originou o nome de “Capão do Manhoso”, nome ao qual se ligou muita história e muitas lendas de “Assombrações ou Ensombrações”, aparições, visagens, almas penadas, etc., confundindo essas histórias com as lamentações antigas, perdidas no tempo, dos negros que iam ali para chorar ou prantear seus mortos. Eram poucas, bem poucas, as pessoas que se aventuravam a passar pelo “Capão do Manhoso” à noite ou em horas avançadas, temerosas das coisas incríveis e extraordinárias que juravam que ali acontecia.

 

Lenda do Cavalo sem cabeça

Um cavaleiro que desce pela rua Conceição, montado em um cavalo branco sem cabeça, e que, ao chegar na praça Marechal Floriano Peixoto, defronte a Igreja Matriz, desaparece.

 

Piano do Clube Palmeirense

Um piano existente no Clube Palmeirense, que em horas avançadas da noite, sem nenhuma explicação, era tocado por mãos estranhas e misteriosas.

 

A lenda do Fantasma de branco

Esse fato aconteceu há muitos anos e não é bem lenda, mas uma história engraçada que merece ser contada. Aconteceu em Palmeira, por volta de 1930, um fato que estava assustando muitos moradores da rua Dr. Vicente Machado: Todas às sextas-feiras, à meia-noite, descia um fantasma e dançava de fronte ao Centro Espírita, que naquela época já existia. O povo achava que aquele era o fantasma do fundador do mesmo Centro. Os moradores daquela rua já estavam assustados! Um grupo de homens corajosos, sabendo desse acontecimento, resolveu ver o que estava acontecendo: quando soou meia-noite, apareceu, como de costume, o fantasma dançarino. Os homens pularam sobre ele e tiraram-lhe o lençol, demonstrando que não era nenhum fantasma, mas sim um palmeirense que queria assustar a população com suas gozações.

 

A cruz do cemitério da capela do Sr. Bom Jesus

Naquela época não se podia comprar uma cruz boa. Uma certa pessoa resolveu roubar a melhor cruz que havia no Cemitério Municipal e colocou-a no túmulo de um parente seu, falecido recentemente. Chegada a noite, essa pessoa ouvia uma voz que dizia: “Eu quero a minha cruz, foi a Aninha que me deu!”. A pessoa muito amedrontada, assim que amanheceu o dia, foi correndo devolver a cruz que havia roubado.

 

Lenda da Caveira

No tempo em que atrás da Capela do Sr. Bom Jesus era cemitério, aconteceu o seguinte fato: Certa vez uma senhora foi à capela para rezar. Lá chegando, avistou uma caveira. Achando-a muito interessante, levou-a para casa para fazer dela uma farinheira. Quando essa senhora dormiu, teve um terrível sonho. Sonhou que uma caveira caíra sobre ela, mas ao verificar, percebeu que a mesma estava no local onde a havia deixado. No dia seguinte, ao acordar, levou a caveira ao cemitério e colocou-a no lugar onde estava.

 

Mulher de Branco

Uma mulher descomunal e vestida de branco, era vista às sextas-feiras de Quaresma, nas escadarias do Grupo Jesuíno Marcondes. Ela descia correndo e desaparecia misteriosamente no parquinho.

 

Procissão dos mortos

Há quem afirme que os mortos enterrados no Cemitério Municipal de nossa cidade, em uma noite determinada do ano, saem em procissão até a Praça Marechal Floriano Peixoto e lá desaparecem.

 

Aparição de uma freira

Aparecia a quem passasse depois da meia-noite, por frente da Capela do Senhor Bom Jesus, uma freira. Essa freira corria atrás das pessoas, dando-lhes um tremendo susto.

 

Alma penada

Havia no antigo cemitério de Palmeira, localizado nos fundos da Capela do Bom Jesus, uma alma penada.

Todas as quartas-feiras, quem por ali passasse, ouvia um gemido muito sentido e que se alterava cada vez mais. Muitas e muitas pessoas fizeram preces e orações para aquela alma descansasse em paz.

 

Lenda do Lobisomem da Vila Maria

Dizem, que houve no local, homens que tendo relações impuras com suas comadres, emagreciam e todas as sextas-feiras da Quaresma, altas horas da noite, saiam de suas casas transformados em cachorros, mordendo a quem encontrassem. Essas pessoas também ficavam sujeitas a transformarem-se em lobisomem.

 

Carroça da rua Conceição

Em determinada noite do ano, uma carroça branca, puxada por dois cavalos também brancos, sem cabeça, mas que possuem uma cruz na testa, desce a rua Conceição e desaparece ao chegar na Igreja Matriz.

 

Carroça sem cavalos

Uma carroça que sem ser puxada por cavalos, descia em desabalada carreira da rua Dr. Vicente Machado, indo desaparecer, sem deixar vestígio, no antigo e já não existente Tanque do Moinho.

Fonte: Livro Memórias de Palmeira, 1992.

 

POPULAÇÃO RESIDENTE
33.855 pessoas

Fonte: Censo 2022

 

ÁREA TERRITORIAL DO MUNICÍPIO

O município de Palmeira tem uma área territorial de aproximadamente 1.470,072 km² . Está a 80,9 km da capital do Estado, Curitiba, é cortada por duas BRs e uma PR, sendo a BR 277 corredor do Mercosul, ligando Foz do Iguaçú ao Porto de Paranaguá. A PR 151 liga o Sudoeste ao Sul do Paraná e a BR 376 faz a ligação de Curitiba a Ponta Grossa e às regiões Norte e Noroeste do Paraná. A cidade está a 181 km do Porto de Paranaguá e a 103 km do Aeroporto Afonso Pena. Temos acesso a linha férrea, através da localidade Rio do Salto, a 15 km da sede do município. Também há passagem da rede de gás natural pelo município.

 

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MUNICÍPIO

O município de Palmeira foi fundado em 1.869. Está localizado na região sul do Paraná, na zona fisiográfica dos Campos Gerais, na Mesorregião Centro Oriental Paranaense. Está integrada na região de domínio do Segundo Planalto Paranaense, ou Planalto de Ponta Grossa, e faz divisa com os municípios da Lapa, Porto Amazonas, São João do Triunfo, Teixeira Soares, Ponta Grossa e Campo Largo.

Possui dois distritos, sendo o de Palmeira e de Papagaios Novos. Localiza-se a uma latitude 25º25’46” sul e a uma longitude 50º00’23” oeste, estando a uma altitude de 865 metros. Possui um clima ameno no verão e frio no inverno, onde a temperatura oscila entre 32,4º C e 0,5º C. Devido ao seu clima temperado e seco, Palmeira é considerada a “Cidade Clima do Brasil”. A economia do município está assentada no setor primário: pecuária e agricultura, onde destacam-se as culturas de soja, milho, feijão, arroz, cevada e trigo. No setor secundário encontram-se as indústrias de beneficiamento e transformação de madeira, bem como a indústria de laticínios.

 

ORGÃOS E SERVIÇOS PÚBLICOS

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